Os efeitos da notícia da revolução liberal do Porto na província de Pernambuco e a crise do sistema colonial no nordeste do Brasil (1820 -1821)

Autores/as

  • Flavio José Gomes Cabral Universidade Federal de Pernambuco, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.22380/20274688.540

Palabras clave:

Brasil, Portugal, Revolución de Porto, siglo XIX

Resumen

Basado en fuentes primarias provenientes de archivos brasileros y portugueses, el artículo investiga los efectos de la Revolución de Porto (24 de agosto de 1820) en Pernambuco (Brasil) y la existencia de una red de comunicaciones que fue capaz de mantener a las gentes, sobre todo a los sectores populares, al tanto de las novedades. Aunque estaba prohibido hablar de política, los brasileros consiguieron burlas las normas y a escondidas conversaban, cantaban poemas de naturaleza política, publicaban pasquines contra el gobierno, escribían cartas y pintaban los muros. Durante muchos años la historiografía nacional negó la participación de los sectores populares en el proceso de Independencia. El artículo procura mostrar lo contrario. Dada la existencia de una red de comunicación, estos sectores pudieron participar en este proceso político a partir de lo que hablaban, veían y escuchaban en las calles.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Flavio José Gomes Cabral, Universidade Federal de Pernambuco, Brasil

Maestro y candidato al doctorado de la Universidad Federal de Pernambuco (Brasil). Actualmente se desempeña como profesor de la Faculdade Integrada da Vitória de Santo Antão. Sus áreas de interés son la historia del Brasil colonial e imperial. Entre sus publicaciones recientes están: Paraíso terreal: a rebelião sebastianista na serra do Rodeador. Pernambuco, 1820 (2004), “A revolução abortada”, Nossa História (São Paulo), 26 (2005): 42-46 y “Federalismo ou morte”, Nossa História (São Paulo), 35 (2006): 43-47.

Referencias bibliográficas

Fuentes primarias
Arquivo Nacional do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.
Arquivo Público Jordão Emerenciano, Recife, Brasil.
Arquivo Histórico Ultramarino, Lisboa, Portugal.
Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.
“Pernambuco no movimento da independencia”. En Correspondência oficial do Governo da Província, entre agosto e outubro de 1821. Recife: Governo do Estado de Pernambuco, 1973.
Fuentes secundarias
Amaral, Francisco Pacífico do. Escavações: fatos da história de Pernambuco. 2a ed. Recife: Arquivo Público Estadual, 1974.
Barreto, Luís do Rego. Memória justificativa sobre a conducta do marechal de campo Luiz do Rego Barreto durante o tempo em que foi governador de Pernambuco, e presidente da junta constitucional do governo da mesma província. Lisboa: Typographia de Desiderio Marques Leão, 1822.
Berbel, Márcia Regina. A nação como artefato: deputados do Brasil nas cortes portuguesas (1821-1822). São Paulo: Hucitec; Fapesp, 1999.
________. Pátria e patriotismo em Pernambuco. En Brasil: formação do estado e da nação, ed. Istvan Jancsó. São Paulo: Hucitec; Unijuí; Fapesp, 2003.
Bernardes, Denis Antônio de Mendonça. O patriotismo constitucional: Pernambuco, 1820-1822. Tesis doctoral, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001.
Cabral, Flavio José Gomes. Paraíso terreal: a rebelião sebastianista na serra do Rodeador. Pernambuco -1820. São Paulo: Annablume, 2004.
________. “Uma sedição abortada em 1820: contestação e política repressiva em Pernambuco as vésperas da independência”. Anais do XXIII Simpósio Nacional de História: História: guerra e paz. Londrina: ANPUH, CDROM, 2005.
“Cartas Pernambucanas de Luís do Rego Barreto”. Revista do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (Recife), 52 (1979).
Cavalcanti, Zélia. “O processo de independência na Bahia”. En 1822: dimensões, ed. Carlos Guilherme Mota. São Paulo: Perspectiva, 1986.
Carvalho, José Murilo de. A construção da ordem: a elite política imperial. Rio de Janeiro: Campus, 1980.
Carvalho, Marcus J. M. de. “Os militares e a revolução de 1817 em Pernambuco”. Anais da XVII Reunião da Sociedade Brasileira de Pesquisa Histórica. São Paulo: SBPH, 1997.
________. “Cavalcantis e cavalgados: a formação das alianças políticas em Pernambuco, 1817-1824”. Revista Brasileira de História (São Paulo), 18, núm. 36 (1998): 331-365.
________. Liberdade: rotinas e rupturas do escravismo no Recife, 1822-1850. Recife: UFPE, 1998.
Certeau, Michel de. La toma de la palabra y otros escritos políticos. México: Universidad Iberoamericana; Instituto Tecnológico y de Estudios Superiores de Occidente, 1995.
Costa, Emília Viotti da. “Introdução ao estudo da emancipação política do Brasil”. En Brasil em perspectiva, ed. Carlos Guilherme Mota. 12a ed. São Paulo: Difel, 1981.
Costa, Pereira da. Anais pernambucanos, 1795-1817. Recife: Arquivo Público Estadual, 1958.
________. Anais pernambucanos, 1818-1823. Coleção Pernambucana. 2a ed. Vol. 8. Recife: Fundarpe, 1984.
Darnton, Robert. Os best-sellers proibidos da França pré-revolucionária. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
________. “Uma precoce sociedade da informação”. Varia História (Belo Horizonte), 25 (julio 2001): 9-51.
Farge, Arlette. Dire et mal dire: l’opinion publique au XVIII e siècle. Paris: Seuil, 1992.
Graham, Maria. “Diário de uma viagem ao Brasil”. En Uma inglesa em Pernambuco nos começos do século XIX, ed. Waldemar Valente. Recife: Imprensa Oficial, 1957.
Habermas, Jürgen. Mudança estrutural da esfera pública: investigações quanto a uma categoria da sociedade burguesa. 2 ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2003.
Jancsó, István. “A sedução da liberdade”. En História da vida privada na América Portuguesa, ed. Laura de Mello e Souza. 4a ed. Vol. 1: 388-437. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
Jancsó, István y João Paulo G. Pimenta. “Peças de um mosaico (ou apontamento para o estudo da emergência da identidade nacional brasileira)”. En Viagem Incompleta. A experiência brasileira (1500-2000). Formação: histórica, ed. Carlos Guilherme Mota. 2a ed. São Paulo: Senac, 2000.
Koster, Henry. Viagens ao nordeste do Brasil. 11a ed. Vol. 1. Recife: Fundação Joaquim Nabuco; Massangana, 2002.
Leite, Glacyra Lazzari. Pernambuco 1817: estruturas e comportamentos sociais. Recife: Fundação Joaquim Nabuco; Massangana, 1998.
Lyra, Maria de Lourdes Viana. A utopia do poderoso império: Portugal e Brasil: bastidores da política, 1798-1822. Rio de Janeiro: Sette Letras, 1994.
Maxwell, Kenneth. “Por que o Brasil foi diferente? O contexto da independência. Formação: histórias”. En Viagem incompleta. A experiência brasileira (1500-2000). Formação: histórias, ed. Carlos Guilherme Mota. 2 ed. São Paulo: Senac, 2000.
Maxwell, Kenneth y Maria Beatriz Nizza da Silva. “A política”. En O império luso-brasileiro-1750-1822, ed. Maria Beatriz Nizza da Silva. Vol. 8. Lisboa: Estampa, 1986.
Mello, Evaldo Cabral de. A outra independência: o federalismo pernambucano de 1817 a 1824. São Paulo: Ed. 34, 2004.
Mota, Carlos Guilherme. Nordeste 1817: estruturas e argumentos. São Paulo: Perspectiva, 1972.
________. Idéia de revolução no Brasil, 1789-1801. 4a ed. São Paulo: Ática, 1996. Neves, Guilherme Ferreira das. “Del imperio lusobrasileño al imperio del Brasil (1789-1822)”. En Inventando la nación Iberoamérica, siglo XIX, eds. Antonio Annino y François-Xavier Guerra. México: Fondo de Cultura Económica, 2003.
Neves, Lúcia Maria Bastos Pereira das. “Liberalismo político no Brasil: idéias, representações e práticas, 1820-1823”. En O liberalismo no Brasil imperial: origens, conceitos e práticas, eds. Lúcia Maria Paschoal Guimarães y Maria Emília Prado. Rio de Janeiro: Revan; UERJ, 2001.
________. Corcundas e constitucionais: a cultura política da Independência (1820-1822). Rio de Janeiro: Revan; Faperj, 2003.
Porto, Costa. Os tempos de Gervásio Pires. Recife: Governo do estado de Pernambuco, 1978.
Pereira, Miriam Halpern. Das revoluções liberais ao Estado Novo. Lisboa: Presença, 1993.
Proença, Maria Cândida. A independência do Brasil: relações externas portuguesas, 1808-1825. Lisboa: Livros Horizonte, 1987.
Ribeiro, Gladys Sabina. A liberdade em construção: identidade nacional e conflitos antilusitanos no primeiro reinado. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002.
Revista do instituto arqueológico, histórico e geográfico pernambucano (Recife), 13, num. 73 (1908).
Rodrigues, José Honório. Independência: revolução e contra-revolução. Vol. 1. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves, 1975.
Tomás, Manuel Fernandes. A revolução de 1820. Coleção Universitária núm. 2. 2a ed. Lisboa: Caminho, 1982.
Silva, Luiz Geraldo. A faina, a festa e o rito: uma etnografia histórica sobre as gentes do mar (sécs. XVII ao XIX). Campinas: Papirus, 2001.
Souza, Iara Lis Franco. Pátria coroada: o Brasil como corpo político autônomo, 1780-1831. Sao Paulo: UNESP, 1999.
Souza, Maria Aparecida Silva de. “Nação, pátria e império: as câmaras municipais baianas e a independência”. En As múltiplas dimensões da política e da narrativa, eds. Teresa Malatian, Marisa Saenz Leme, Ivan Aparecido Manoel, 65-75. Franca y São Paulo: UNESP/ Olho d’Água, 2004.
Souza Filho, Argemiro Ribeiro de. “As juntas governativas e a independência: ‘multiplicidade de poder’ na Bahia”. En As múltiplas dimensões da política e da narrativa, eds. Teresa Malatian, Marisa Saenz Leme, Ivan Aparecido Manoel, 51-63. Franca y São Paulo: UNESP/ Olho d’Água, 2004.
Vargues, Isabel Nobre. A aprendizagem da cidadania em Portugal - 1820-1823. Coimbra: Minerva, 1997.
Vargues, Isabel Nobre y Maria Manuela Tavares Riveiro. “Estruturas políticas: parlamentos, eleições, partidos políticos e maçonarias”. En O liberalismo (1807-1890), eds. Luís Reis Torgal y João Lourenço Roque. Lisboa: Estampa, 1998.
Valentim, Alexandre. Os sentidos do império: questão nacional e questão colonial na crise do antigo regime português. Porto: Aforamento, 1993.

Descargas

Publicado

2006-12-07

Cómo citar

Gomes Cabral, F. J. (2006). Os efeitos da notícia da revolução liberal do Porto na província de Pernambuco e a crise do sistema colonial no nordeste do Brasil (1820 -1821). Fronteras De La Historia, 11, 389–414. https://doi.org/10.22380/20274688.540

Número

Sección

Dossier: cultura política colonial